sexta-feira, 29 de maio de 2009

A provável origem do avivamento que sacudiu o mundo


O movimento pentecostal no Brasil
A provável origem do avivamento que sacudiu o mundo


O despertamento espiritual que sacudiu o mundo religioso no período compreendido entre o final do século XIX e o início do século XX, teve sua provável origem na Europa, e um dos seguimentos do protestantismo que mais contribuiu para isso foi, certamente o então representado pelos morávios, pois avivamento espiritual e missões são características intimamente ligadas a história desse povo. Oriundo de uma região da antiga Tchecoslováquia, os morávios, mesmo não sendo significativamente numerosos, bem cedo ficaram conhecidos em toda a Europa e em muitas outras partes do mundo por sua piedade, experiência de comunhão com Deus e espírito missionário. Embora ligados ideologicamente ao pensamento religioso luterano, os morávios exerceram forte influência tanto doutrinária quanto evangelística sobre John Wesley, fundador do metodismo. A história desse povo começou quando, em 1722, impelidos pelos ventos da perseguição na Morávia e na Boêmia, viram-se forçados a emigrarem de suas terras e se refugiaram em Herrnhut, uma fazenda pertencente a Nicolaus Ludwig von Zinzendorf, conhecido como o estadista missionário. As diferenças de opinião a respeito das práticas religiosas entre esses novos habitantes de Herrnhut, acabou resultando, em muitas desavenças entre eles. Deus, porém, tinha um plano para esse povo, e esse plano no devido tempo se cumpriria.



Ruth A. Tucker descreve a maneira usada por Deus para mudar história desse povo e cumprir Seus planos através dele: "Em 1727 porém, cinco anos depois da chegada dos primeiros refugiados, toda a atmosfera mudou. Um período de renovação espiritual chegou ao clímax em um culto de comunhão a 13 de agosto com um grande reavivamento que, segundo os participantes, marcou a chegada do Espírito Santo em Herrnhut. Seja o que for que possa ter acontecido no reino espiritual, não há dúvida de que essa grande noite de reavivamento trouxe com ela uma nova febre pelas missões, que tornou-se a principal característica do movimento morávio. As pequenas diferenças doutrinárias deixaram de ser pretexto para discussões. Em lugar disso, havia um forte espírito de unidade e uma dependência maior de Deus. Foi iniciada uma vigília de oração que continuou noite e dia, sete dias por semana, sem qualquer interrupção por mais de cem anos" (Até os Confins da Terra, Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1986, p.73 e 74).



Sob os efeitos da oração e espiritualmente influenciados e fortalecidos pelo poder do Espírito Santo, os morávios passaram, algum tempo depois, a desempenhar um importante papel no campo das missões. Levaram a mensagem de Cristo às Ilhas Virgens, Groenlândia, América do Norte, Lapônia, América do Sul (notadamente no Suriname), África do Sul, Índias ocidental e oriental, etc. Para a América do Norte, Zinzendorf não só enviou missionários; ele próprio esteve lá, tendo contribuído também para que esse país se tornasse mais tarde, um grande celeiro de missionários. E se destacamos o papel desse povo é porque admiramos o exemplo que deixou no tocante a importância dada à oração e a utilização da força que dela resulta, que é o serviço missionário. A oração tem sido, em toda a história da Igreja, o principal caminho para se chegar a uma vida espiritualmente avivada.

O Brasil na rota do avivamento


O movimento pentecostal no Brasil
O Brasil na rota do avivamento


Embora fosse insignificante a presença de protestantes no Brasil até o final do século XVIII, esse quadro começou a mudar a partir da segunda década do século XIX, com a chegada de colonos alemães de confissão luterana e ingleses de confissão anglicana. É evidente que não se pode dizer que organizaram igrejas ou que aqui vieram com alguma finalidade evangelística. Isto só veio acontecer depois de 1855, com a fundação da Igreja Evangélica Fluminense ou Congregacional. Depois disto vieram os presbiterianos (1859), os metodistas (1876), os batistas (1881), os adventistas do Sétimo Dia (1892, etc.



Porém, só no final da primeira década do século passado (século XX), chegaram ao Brasil, via Estados Unidos, os primeiros missionários portadores da mensagem pentecostal: Luigi Francescon e Giacomo Lombardi (em 8 de março de 1911) e Gunnar Vingren e Daniel Berg (19 de novembro de 1910). Todos tinham passado pela Escola Bíblica de Topeka, no Kansas, onde ouviram e creram na doutrina do batismo no Espírito Santo. Alguns deles receberam essa bênção divina mesmo antes de virem para o Brasil. Luigi Francescon deu início à Congregação Cristã no Brasil, depois de uma rápida parada na cidade de São Paulo indo em seguida para a cidade de Santo Antônio da Platina, no Paraná. Gunnar Vingren e Daniel Berg instalaram-se em Belém, Pará, onde 6 meses depois, fundaram a Assembléia de Deus. Estas duas denominações evangélicas lideram hoje, em nosso país, um dos maiores grupos de fiéis.

Batistas de origem estrangeira


O movimento pentecostal no Brasil
Batistas de origem estrangeira


Temos muito que agradecer a Deus por ter usado alguém, em alguma parte do mundo, para trazer até nós a mensagem do evangelho. Em particular somos agradecidos também pela mensagem pentecostal. A denominação a que antes pertenciam esses missionários, assim como o país de onde vieram, são irrelevantes diante da importância e significado da mensagem de que eram portadores. Giacomo Lombardi e Luigi Francescon eram italianos e Gunnar Vingren e Daniel Berg eram suecos. Ambos tinham estado por alguns anos nos Estados Unidos, antes de virem para o Brasil.


Os nomes que deram às denominações que fundaram decorreu das novas circunstâncias que encontraram aqui e da necessidade de adaptação à essas circunstâncias. Deus, porém, estava preparando o caminho que levaria ao surgimento de uma nova igreja que, junta às demais que já tinham sido estabelecidas aqui, e movida pelo poder do mesmo Espírito, iria contribuir para o desenvolvimento do evangelismo nacional. Isto de fato aconteceu em 1932, com o surgimento da Igreja Adventista da Promessa.

A primeira igreja evangélica pentecostal genuinamente brasileira


O movimento pentecostal no Brasil
A primeira igreja evangélica pentecostal genuinamente brasileira


Fazendo alusão à chegada em nosso país, desses missionários batistas pentecostais, Duncan A.Reilyl junta a seguinte observação: "...Luigi Francescon narra como este fundou a Congregação Cristã no Brasil (1910), enquanto escritos de Daniel Berg e Gunnar Vingren relatam a implantação da Assembléia de Deus em 1911 (documento 3.6.3.). Entretanto, ao lado do pentecostalismo clássico, oriundo dos Estados Unidos, surgiu em 1932 da Igreja Adventista do Sétimo Dia, no Recife, a Igreja Adventista da Promessa (1932)” (História Documental do Protestantismo no Brasil, ASTE, 1984, p. 379). Sim, a Igreja Adventista da Promessa figura no cenário evangélico nacional como a primeira igreja pentecostal genuinamente brasileira, uma vez que as duas outras mais antigas a que já fizemos menção, chegaram aqui provenientes de outro país.


A Igreja Adventista da Promessa, cuja história é descrita nas páginas que seguem, é produto de uma oração feita com fé. E por ser a primeira igreja evangélica pentecostal e sabatista no Brasil, tem uma importante missão a cumprir: cultivar e expor todos os ensinamentos bíblicos relativos ao batismo com o Espírito Santoe os dons espirituais, assim como ao que concerne à vigência da lei de Deus. Estas duas vertentes da doutrina cristã configuram as condições necessárias às boas relações entre o crente e Deus, pois enquanto o batismo com o Espírito Santo e os dons espirituais revelam a bondade do Senhor para com o crente, a obediência e sumissão à lei de Deus revelam o sentimento de reconhecimento e gratidão desse mesmo crente para com o Senhor; é a sua resposta às demonstrações de amor, bondade e misericórdia do Senhor. E isto inclui, necessariamente, o dever de testemunhar. Foi com essa missão que surgiu a Igreja Adventista da Promessa.

Os Estados Unidos


Palcos históricos do Avivamento
Os Estados Unidos




Se quisermos retroagir no tempo, em busca de informações que indiquem a ocorrência de avivamentos, é evidente que vamos encontrar o primeiro deles em Jerusalém, quando da descida do Espírito Santo, em forma de batismo, no dia de pentecoste. Entretanto, o espaço de que dispomos não nos permite historiar as ocorrências desse fenômeno, com a indicação de tempo e espaço onde ele se manifestou. A abordagem que fazemos está ligada a fatos mais recentes, pelo significado que têm para a história do movimento pentecostal em nosso país.


Todo estudioso da história do protestantismo no continente americano sabe que, até a última década do século XIX, as igrejas protestantes existentes nos Estados Unidos seguiam uma linha de conduta religiosa tradicional-comodista. Episcopais, metodistas, presbiterianas, batistas, dentre outras, vinham dando assistência espiritual a seus membros, administrando seus rituais, fazendo evangelismo e missões, dentro e fora daquele país, num rítimo que lhes parecia normal para os padrões daquela época; porém, sem nenhuma grande novidade.



Deus, contudo, preparava o momento certo para começar sua grande obra, e esta veio a acontecer já no início do século XX. Por esse tempo, surgiram, em um ou em outro ponto daquela nação, sinais de um autêntico avivamento espiritual, que logo se espalharia por outras partes do mundo.

Rua Azuza, em Los Angeles, Califórnia





O local de número 312 da Rua Azuza, de Los Angeles, tornou-se famoso, a partir de 1906, quando J. William Seymour, a convite da evangelista Nelly Terry, participou, ali, de uma série de reuniões de oração, nas quais falou a respeito do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais. Embasando sua convicção em Atos 2: 4, dizia Seymour: "Deus tem uma terceira bênção além da santificação (Para o movimento de santidade Metodista, a santidade era a terceira bênção) a saber, o batismo do Espírito Santo, acompanhado do falar em línguas".


Impedido de continuar utilizando o tempo e o espaço que lhe fora cedido para falar, por ser sua mensagem considerada impopular, estranha e nem um pouco simpática, perante aquela que o convidara, Seymour passou a usar outros locais, na mesma cidade, onde lhe foi permitido falar, e, em 6 de abril daquele ano, nessa mesma Rua Azuza, foram registrados os primeiros batismos no Espírito Santo naquela cidade. "Simultaneamente chegavam notícias de que manifestações semelhantes do Espírito Santo aconteceram nas cidades do leste e do centro dos Estados Unidos, e também no Canadá, Chile, na índia, Noruega, e nas Ilhas Britânicas". (História da Igreja Cristã, Jesse Lyman Hurlbut, Editora Vida, Miami, 1979, p. 223).

A Igreja Batista de Chicago


Palcos históricos do Avivamento
A Igreja Batista de Chicago





W. B. Durham, que, na época, presidia uma igreja batista em Chicago, foi uma das pessoas agraciadas com a bênção do batismo no Espírito Santo, ao ouvir as pregações de Seymour sobre essa promessa divina.


A partir daí, a igreja batista de Chicago, Michigan, passou a ser, também, palco do avivamento que começava a ser sentido por outros crentes, em outras igrejas e em outras cidades americanas, desde o final da penúltima década do século XIX, pois a presença desse fenômeno já havia sido registrada anteriormente, nos Estados de Ohio, em 1890, Nova Inglaterra, em 1897, Tennessee e Minnesota, em 1900, Kansas, em 1901, Oklahoma, Texas, etc. (HURLBUT, Jesse Lyman. História da Igreja Cristã. Editora Vida: 1979, p. 222.

A Escola Bíblica de Topeka


Palcos históricos do Avivamento
A Escola Bíblica de Topeka




A Escola Bíblica de Topeka, no Kansas, funcionava como uma espécie de seminário. Nela, Charles Parham exercia considerável influência, como um dos professores. Simpatizante do movimento avivalista, que já vinha conquistando espaço em outros Estados daquela federação, contribuiu ele, decisivamente, para a expansão desse movimento.


Reily afirma que "nessa escola, Charles Parham defendia a idéia de que o falar em línguas era um dos sinais que acompanhavam o batismo do Espírito Santo" (REILY, Duncan A. História Documental do Protestantismo no Brasil, ASTE: 1984, p. 378), e embasava sua convicção na experiência do pentecoste, conforme registro em Atos 2:1-4, e nas declarações bíblicas neotestamentárias, segundo as quais esse sinal foi testemunhado em Jerusalém, Cesaréia, Éfeso, Corinto, etc., a partir das quais concluía que as línguas estranhas são uma evidência do batismo no Espírito Santo (Mc 16:17, At 2:4, 10:46, 19:6, I Co 12:10, 28 e 30, 13:1, 14:2). O que não se pode esquecer é o fato de que o verdadeiro avivamento estará sempre associado à prática da oração, desejo de uma vida de pureza e santificação; zelo e respeito no trato com as coisas espirituais; busca perseverante do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais, pois são estes os elementos básicos que vão habilitar o crente a testificar de Jesus.

O século das Missões


Palcos históricos do Avivamento
O século das Missões




O último século do milênio que passou ficou marcado por uma intensa operação do Espírito Santo, tanto nas pessoas, individualmente, como nas comunidades evangélicas menos tradicionais. E precisamos reconhecer nisso a providência divina preparando a Igreja para os desafios que lhe seriam impostos no novo milênio.


Não podemos deixar de reconhecer também que os Estados Unidos, a despeito da condição espiritual comodista em que se encontram atualmente muitas de suas igrejas, desempenharam um relevante papel a serviço de Deus, nessa fase da história da Igreja na terra. Com o despertamento espiritual de que foi palco no início daquele século, como já pudemos demonstrar, muitas pessoas foram movidas pelo Espírito Santo a levarem o evangelho de Cristo a outros povos. E o que é mais comovente: a maioria dessas pessoas se dispuseram a fazer isto sem qualquer garantia de sustento material, graças a influência do Espírito Santo em suas vidas.

Dos Estados Unidos para o mundo



Palcos históricos do Avivamento
Dos Estados Unidos para o mundo





Jesse Lyman Hurlbut descreve esse despertamento religioso por que passaram algumas denominações protestantes americanas entre o final do século XIX e o início do século XX, com as seguintes palavras: "Uma intensa sede espiritual, em razão da qual efetuaram reuniões de oração entre grupos de crentes de várias denominações, foi uma das características que se evidenciaram nas igrejas, no fim do século passado (século XIX). Como resultado das atividades desses grupos de crentes, produziram-se avivamentos em vários lugares nos Estados Unidos e na Europa. Caracterizavam-se esses avivamentos por um intenso fervor de evangelização e um profundo espírito de oração.


Da mesma forma dava-se ênfase aos dons espirituais e à sua operação, inclusive cura divina, e falar em outras línguas, como sinal da recepção do batismo do Espírito Santo (At 2:4). Predominava também entre eles o zelo missionário baseado na profunda convicção relacionada com a vinda iminente do Senhor Jesus Cristo e bem assim a consciência da responsabilidade que cabia aos crentes batizados com o Espírito Santo, no sentido de obedecer à última ordem de Jesus" (Jess Lyman Hurlbut, História da Igreja Cristã, Editora Vida, 1979).

sexta-feira, 22 de maio de 2009

O início de tudo


A experiência vivida no dia 24 de janeiro de 1932, pelo pastor João Augusto da Silveira, e que veio a ser marcante para a história da Igreja Adventista da Promessa, não pode ser compreendida em toda a sua amplitude, se considerada como um episódio isolado, isto é, se não forem levadas em conta algumas questões relativas à natureza desse fenômeno, sua fundamentação bíblica e seu significado histórico. Para torná-la mais facilmente compreensível, fazemos, aqui, algumas considerações, inclusive históricas, que, se acompanhadas com interesse pelo leitor, farão que compreenda a razão por que valorizamos tanto essa experiência, quando nos referimos ao surgimento de nossa instituição religiosa.
Deus tem um plano estabelecido para tudo o que faz, e, nesse plano, as circunstâncias de tempo e modo encaixam-se com a mais perfeita sincronia. O plano da redenção, de que fala o apóstolo Paulo, em sua carta aos Efésios (1:3-10), e que foi elaborado por Deus, ainda antes da existência do primeiro ser humano, tem como objetivo salvar, por meio da fé em Jesus Cristo, todos os que nele crêem. Vamos começar discorrendo a respeito desse plano e do que Deus tem feito para alcançar os objetivos previstos.


O Plano de Deus para o mundo

O Plano de Deus para o mundo
Em que consiste o plano de Deus?
O papel da Igreja
A participação do Espírito Santo
A participação do crente

A Razão de ser do Avivamento

A razão de ser do Avivamento
O envolvimento da comunidade
Oração e testemunho
Trabalho evangelístico

Palcos históricos do Avivamento

Os Estados Unidos
A Rua Azuza, em Los Angeles, Califórnia
A Igreja Batista de Chicago
A Escola Bíblica de Topeka
O século das Missões
Dos Estados Unidos para o mundo

O Movimento Pentecostal no Brasil

A provável origem do avivamento que sacudiu o mundo
O Brasil na rota do avivamento
Batistas de origem estrangeira
A primeira igreja evangélica pentecostal genuinamente brasileira



A razão de ser do Avivamento

A razão de ser do Avivamento


O avivamento, que normalmente é caracterizado pelo desejo de testemunhar de Cristo, amar e servir ao próximo, é um fenômeno que só se realiza do particular para o geral, isto é, do indivíduo para a comunidade, e começa sempre a partir daquele sentimento de que não vale a pena ser feliz sozinho ou sem partilhar essa felicidade com outras pessoas.


A salvação é um bem eterno, destinado a todas as pessoas. Sendo assim, não podemos conceber a idéia de uma pessoa salva não se preocupar com a salvação de outrem. Uma das formas de compartilhar a salvação é preconizada, na Bíblia, pelo apóstolo Pedro, da seguinte maneira: Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. (I Pe 2:9).



O poder que o Senhor concede ao crente, através do Espírito Santo, não teria nenhuma razão de ser, se não se fosse, de alguma forma, em favor do próximo. Foi com esse propósito que Jesus prometeu enviar o Espírito Santo da promessa.

O envolvimento da comunidade

A razão de ser do Avivamento
O envolvimento da comunidade



Começando no viver e no agir de cada um, aos poucos, a chama do avivamento vai incendiando os demais integrantes da comunidade, e, bem cedo, pelo menos a maioria dela estará inevitavelmente contagiada. Quando isso acontecer, nada mais poderá impedir o avanço desse avivamento, porque é disso que falam e é isso que respiram todos. Assim aconteceu nos primeiros tempos da Igreja: E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum (...) E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar (...) E, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo (At 2:42, 43 e 47, 5:42).

Oração e testemunho

A razão de ser do Avivamento
Oração e testemunho


A oração sempre foi, é e continuará sendo a alavanca de impulso que move as ações do crente, em qualquer avivamento. É evidente que não estamos nos referindo àquela oração rotineira, usual, às vezes, apressada ou com hora marcada: ao deitar, ao levantar ou por ocasião das reuniões; referimo-nos àquela oração que é feita com intensidade, em que prevalece a confidência e a intimidade entre o adorador e o adorado; a oração que é feita por alguém que está ardendo em fé, que tem o coração contrito e confiante, que está movido pela mais pura das intenções, na busca daquilo que pretende receber, sendo que, ao receber, não hesita em testemunhar de seu benfeitor. 

Trabalho evangelístico

A razão de ser do Avivamento
Trabalho evangelístico




Um dos sinais indicadores do avivamento é a disposição para o trabalho, especialmente para o trabalho missionário. Sem essa disposição, não podemos dizer que está havendo avivamento. Quando dizemos que a igreja cristã primitiva foi avivada, embasamos essa afirmação em declarações como estas: Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra. E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo. E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia; pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados (At 8:4-7).

O Plano de Deus para o mundo


A experiência vivida no dia 24 de janeiro de 1932, pelo pastor João Augusto da Silveira, e que veio a ser marcante para a história da Igreja Adventista da Promessa, não pode ser compreendida em toda a sua amplitude, se considerada como um episódio isolado, isto é, se não forem levadas em conta algumas questões relativas à natureza desse fenômeno, sua fundamentação bíblica e seu significado histórico. Para torná-la mais facilmente compreensível, fazemos, aqui, algumas considerações, inclusive históricas, que, se acompanhadas com interesse pelo leitor, farão que compreenda a razão por que valorizamos tanto essa experiência, quando nos referimos ao surgimento de nossa instituição religiosa.


Deus tem um plano estabelecido para tudo o que faz, e, nesse plano, as circunstâncias de tempo e modo encaixam-se com a mais perfeita sincronia. O plano da redenção, de que fala o apóstolo Paulo, em sua carta aos Efésios (1:3-10), e que foi elaborado por Deus, ainda antes da existência do primeiro ser humano, tem como objetivo salvar, por meio da fé em Jesus Cristo, todos os que nele crêem. Vamos começar discorrendo a respeito desse plano e do que Deus tem feito para alcançar os objetivos previstos.

Em que consiste o plano de Deus?


Antes mesmo de o ser humano cometer o primeiro erro, Deus já havia elaborado um plano para redimi-lo. Esse plano foi revelado, pela primeira vez, a Adão e Eva, ainda no paraíso (Gn 3:15), e, depois disso, a Abraão (Gn 12:1-3) e aos profetas (Rm 16:25 e 26). O plano de Deus consumou-se com a morte de Cristo. A partir de então, a promessa divina é a de que os que nele crerem receberão, pela fé, o perdão dos pecados (At 10:38-43). O texto bíblico que melhor expressa esse propósito divino é o que encontramos no Evangelho de João 3:16, que diz: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Portanto, ao se deixar oferecer como oferta e propiciação pelos pecados do mundo, Jesus foi constituído mediador ou intermediário entre Deus e os homens, incumbindo-se da tarefa de aproximá-los, e, naquilo que dele dependia, foi sempre fiel. A parte que resta ser feita compete agora ao Espírito Santo, seu representante na terra, à igreja e ao próprio crente, que são os continuadores dessa obra que ele realizou.

O papel da igreja


Vindo a este mundo com a missão de salvar todos os que se haviam distanciado do Pai, Jesus se ocupou tão somente de ensinar e viver tudo o que pudesse servir de instrução e de exemplo. Um resumo de suas atividades foi dado por ele mesmo, em Lucas 4:18 e 19: O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, e dar vista aos cegos; a pôr em liberdade os oprimidos; a anunciar o ano aceitável do Senhor.


Depois de ficar entre os homens o tempo suficiente para lhes comunicar a vontade do Pai, foi Cristo oferecido em sacrifício pelos pecados de todos, morrendo por todos, depois de haver prestado contas a Deus, dizendo: Está consumado (Jo 19:30, 17:4). Três dias depois de descer à sepultura, rompeu ele as cadeias da morte e ressuscitou; e, ao ressuscitar, antes de subir ao céu, responsabilizou sua igreja pela evangelização do mundo, dizendo: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura (Mc 16:15), e afirmando, mais tarde, através de Paulo: Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus, nosso Senhor (Ef 3:10). A propósito disso, diz a Escritura: E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. (Mc 16:20).

A participação do Espírito Santo



Um dia antes de sua crucificação, enquanto dava instruções a seus discípulos e os consolava, Jesus falou-lhes de sua ascensão ao céu e da missão que o Espírito Santo, seu representante, desempenharia na terra: Mas, quando vier o Consolador, que eu, da parte do Pai, vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim. E vós também testificareis (...) E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo (...) Ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir (Jo 15:26 e 27; 16:8 e 13).



Depois de ressuscitado, afirmou-lhes: Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra (At 1:8). Mas antes de todas estas coisas lançarão mão de vós, e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e às prisões, e conduzindo-vos à presença de reis e presidentes, por amor do meu nome. E vos acontecerá isto para testemunho. Proponde, pois, em vossos corações não premeditar como haveis de responder; porque eu vos darei boca e sabedoria a que não poderão resistir nem contradizer todos quantos se vos opuserem (...) Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós. (Lc 21:12-15; Mt 10:20).

A participação do crente



O empenho da igreja e a influência do Espírito Santo são, como já ficou demonstrado, determinantes para a propagação do evangelho no mundo, e é importante saber que, sem essa providência, as pessoas não tomarão conhecimento das intenções de Deus a respeito da humanidade; conseqüentemente, não poderão ser salvas, se não houver quem lhes anuncie o evangelho. Portanto, é necessário que cada crente tome consciência do papel que lhe foi reservado, dentro do plano divino, e se disponha a exercê-lo, não em proveito próprio, mas em favor das outras pessoas.
Paulo parece ser o melhor exemplo que conhecemos em matéria de compreensão e execução desse dever. Diz ele: Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho! (I Co 9: 16). Em outra parte de seus escritos, ele afirma que a pregação do evangelho era considerada uma dívida sua para com Deus e os homens (Rm 1:14). E ninguém cumpriu esse dever tão bem quanto ele.

A bênção ou o Deus da bênção?


“E ninguém seja devasso, ou profano, como Esaú, que por uma refeição vendeu o seu direito de primogenitura. Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscou.” Hebreus 12: 16-17


Esaú, como muitos conhecem a história, era o filho mais velho de Isaque, o segundo patriarca dos israelitas, e, portanto, possuidor do direito de primogenitura. A primogenitura conferia ao seu detentor o direito de, após a morte de seu pai, receber porção dobrada na divisão dos bens da família. E se fosse o caso, o primogênito também receberia o direito de suceder seu pai no Trono Real. Esses privilégios eram sem dúvida muito preciosos naquela época.



Contudo, ao lermos o relato das Escrituras em Gênesis 25: 29-34 observamos que Esaú quando voltou exausto do campo, num momento de insensatez, pensando apenas no imediato, vendeu o seu direito de primogenitura ao seu irmão Jacó por uma simples refeição! Um ensopado de lentilhas.



O que entristece caro leitor, é que em nossos dias esse episódio se repete muito mais do que poderíamos imaginar.

Notamos que diariamente em nossa sociedade, incluindo cristãos, as pessoas estão correndo em busca de soluções imediatas para seus problemas que também parecem ser imediatos. Pessoas que trocam direitos e privilégios tão grandes por coisas tão breves e pequenas. Casamentos são destruídos por tolos atos de descontrole ou pela falta de sensibilidade e domínio próprio dos cônjuges, o que acaba levando à traição, ao adultério, entre outras práticas pecaminosas. Semelhantemente, famílias são arruinadas pelos vícios do álcool, do jogo e das drogas.


Em busca de saciedade, de matar a fome da alma, sedemos à nossa natureza humana e caímos nas garras do adversário – e este não perde tempo! Por meio do pecado vai nos arrastando às mais densas trevas, onde a morte paira e a destruição ri-se contemplando nossa iminente derrota.
O abismo que nos separa de Deus neste momento é tão grande que não há nada além da cruz de Jesus que o possa transpor. Ele disse certa vez:“... eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.” (Mt. 9: 13b).



E esse arrependimento precisa gerar em nós um sincero pedido de perdão àquele que é Justo e Santo. “... e com a boca se faz confissão para a salvação.” (Rm. 10: 10b). E agora chegamos ao ponto-chave da questão.



Vamos rapidamente rever o que diz o texto de Hebreus 12: “Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscou” (v. 17).



Por que Esaú foi rejeitado em sua súplica? Por que ele não achou lugar de arrependimento mesmo tendo-o buscado com choro e lágrimas?



Talvez isso já tenha acontecido com você.



Chorou, chorou, orou e orou até perder as forças esperando o alívio em seu coração pelo perdão de Deus, mas não o encontrou. Mesmo após tamanho esforço, continuou com o peso da culpa sobre seus ombros.



Ao que parece Esaú estava mais preocupado com a bênção que ele perdeu (o direito de primogenitura) do que o fato dele ter entristecido ao Senhor no momento em que imprudentemente, como que brincando com coisa séria, vendeu o que tinha de mais precioso.



Deus sempre se mostrou a humanidade como um ser pessoal, um Deus que está próximo de nós e que nos conhece profundamente. Ao mesmo tempo em que se declara nosso Pai, Ele também é nosso amigo. “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.” (Jo. 15: 13).



O que acontece é que tantas vezes estamos mais interessados na bênção de Deus do que no Deus da bênção. O mundo moderno tem feito de Deus um objeto de enriquecimento e reconhecimento pessoal. Como uma espécie de Gênio da Lâmpada que está ao nosso dispor para o que precisarmos. Seja para recebermos uma cura, um carro novo ou ir bem num exame escolar. Não interessa o que ele vai sentir se desobedecermos às regras de vida que ele propôs, afinal, ele é tão bonzinho, dizem. Querido leitor, não estou dizendo que não devemos buscar bênçãos como essas de nosso Senhor. Muito pelo contrário! Quero destacar o que acontece no momento em que estamos a pecar. Nossa mente costuma se fechar para Deus. Ele é muito mais do que um simples objeto. Assim como não queremos magoar nossos amigos, também devemos fugir de “magoar” a Deus com a prática do pecado em nossas vidas.



Concluindo, em detrimento à infeliz atitude de Esaú vista anteriormente, veja um trecho da fala de José no Egito quando a mulher de Faraó quis adulterar com ele:

“Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como pois faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus?” (Gn. 39.9)


Será que José estava preocupado com a posição que ocupava no grande império faraônico ou com todos os privilégios que, apesar de ser escravo, tinha como governador do Egito? Não! Está claro no texto sagrado que a sua maior preocupação foi a de não pecar contra o seu Deus.



Que possamos nos conscientizar de que, o verdadeiro arrependimento se dá não quando olhamos para os “direitos” que perdemos, mas sim quando nos sentimos realmente culpados por termos desapontado tão fortemente nosso Pai e Amigo. Aí então podemos achar “lugar de arrependimento” perante o Senhor e sermos livres de toda culpa. E que acima das bênçãos que o Senhor nos dá, sejamos conscientes que Ele deseja ter um relacionamento mais íntimo conosco, deseja ouvir a nossa voz conversando com Ele em oração, deseja manter conosco um contato profundo e intenso em fé até a volta de Seu Filho Jesus Cristo.



Deus deseja que o tratemos com o amor e o cuidado com que ele nos trata.



“Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro.” I João 4:19



Autor: Arildo Gomes

05/11/2008

Resumo dos Dogmas da Igreja Adventista da Promessa



1) A BÍBLIA SAGRADA – A PALAVRA DE DEUS

Conforme Isaias 34.16, cremos que a Bíblia Sagrada é o livro do Senhor. Inspirada, Revelada e Iluminada pelo Espírito Santo, foi produzida por homens santos, II Tm. 3.15-17, II Pd. 1.20-21, Rm. 15.4.



a. Proveniente de Deus - O Testemunho de Jesus: Mt 5.17-18; Jo 10.34-35; Mt 22.43-45. Os textos são inspirados: 2 Tm 3.16, Ex 24.4, Is 30.8, 2; Sm 23.2, Mt 4.4,7; Lc 24.27,44; I Co 2.13; Ap 22.19. A Bíblia diz que suas palavras vieram da parte de Deus.




b. É plena: Todas suas partes são inspiradas. 2 Tm. 3.16; Rm. 15.4.




c. É autoritativa: Sua inspiração lhe concede autoridade. Jo. 10.35; Mt. 4,7,10-15, 22.29; Lc. 16.17. Sua autoridade é divina.




d. É inerrante: Não contém erros. Hb. 6.18; Jo. 17.17.




2. A Criação e a Triunidade Divina

Cremos que a criação de todas as coisas inclusive do homem como ser humano, foi obra das mãos de Deus, Gn 1.1, 26, revelado, nessa ação, pela Divindade Jo. 1.3; Hb 1.2; Jó 33.4; Sl 104.30. Cremos na Triunidade Divina: Pai, Filho e Espírito Santo. O Deus único, revelado nas três pessoas da Santíssima Trintade, Jo 1.18; 15.26; Mt 28.19; 2 Co. 13.13.




3. Criação, Queda e Restauração do Homem

O homem saiu perfeito das mãos de Deus, mas, pelo livre arbítrio, pecou pela transgressão da ordem divina, no Éden, Gn 1.26-27; 2.16-17; 3.1-6, 17-19. Ali mesmo, Deus deu ao homem a promessa da redenção, Gn 3:15. Essa Promessa divina cumpriu-se em Jesus, o Redentor prometido e enviado ao mundo, para remissão do pecador, Lc 19.10; At 5.30-31.



4. Jesus: "Mediador e Salvador"

Cremos que Jesus, o Filho de Deus, foi enviado ao mundo para cumprir a divina promessa da redenção. Morrendo na cruz pelos nossos pecados, como Cordeiro de Deus, Jo 1.29, tornou-se nosso único Mediador e salvador, Jo 14.6; 1Tm 2.5; Lc 2.11; Jo 4.44.



5. Arrependimento e Conversão

São os dois passos decisivos para o Pecador que aceita Jesus como Salvador e Senhor de sua vida. Em virtude de a pregação de Jesus ser um chamado ao arrependimento, Mc 1.15, Pedro no Pentecostes, começou o seu diálogo com a multidão falando da necessidade desse arrependimento, At 2.38, cujo resultado é a conversão que é fruto do Espírito Santo, capaz de levar o arrependido a mudar a direção de sua vida, do caminho da morte para o caminho da vida eterna, At 3.19; 26.18-20; 1Ts 1.9.



6. O Batismo do Arrependimento

Cremos que o batismo é a porta de entrada à comunhão da igreja. Deve ser realizado na forma de imersão, para cumprir o seu simbolismo, Mt 3.6, 16; Rm 6.3; Cl 2. 12, e em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Mt 28:19.



7. Batismo no Espírito Santo

Cremos no batismo no Espírito Santo, como promessa anunciada, Is 44.3; JI 2.28-30, como promessa confirmada, Mt 3.11; Lc 24.49; At 1.5, como promessa cumprida, At 2.1, 33. Essa bênção divina não se limitou ao Cenáculo, mas acompanhou a Igreja de Deus e chegou até nós, At 2.39, 10.44-46, 19. 1-6. Cremos, também, que as línguas estranhas são o sinal do batismo no Espírito Santo, como referidas nos testos acima, 1Co 14.2.



8. Dons Espirituais

Cremos nos dons espirituais como dádiva divina á igreja de Deus. Cremos que eles operam para aquilo que for útil quando o Espírito Santo quer, I Co 12.7, 11. Conforme a relação de 1 Coríntios 12. 8-10, são 9 os dons espirituais: 1) Palavra da sabedoria, 2) Palavra do Conhecimento, 3) A Fé, 4) Dons de Curar, 5) Milagres, 6)Profecia, 7 ) Discernimento de Espíritos, 8) Variedades de Línguas e 9)Interpretação de Línguas. Esses dons são, portanto, obra exclusiva do Espírito Santo, 1 Co 12.11, e se manifestam para a edificação da igreja, 1ICo14.12.



9. Ordenanças Instituídas por Cristo

Cremos nas ordenanças como cerimônias religioas-espirituais, dados por Cristo à sua igreja. São elas: O Batismo por imersão, Mt 3.1, 6; Jo 3.23, e a ceia do Senhor, Lc 22:19-20; 1Co 11.23-25; 10.16. Deve fazer parte da cerimônia da ceia, o Lava-Pés, como instituído por Jesus, Jo 13:4-17.



10. Reverência ás Coisas Santas

A reverência é uma atitude de profundo respeito do ser humano às coisas santas. O crente deve reverenciar: a Deus, Ec 5.1; 1Tm 3.15. Tudo deve ser feito em respeito à palavra de Deus, Lv 27. 28-32.



11. A Sã Doutrina

Denomina-se sã doutrina o conjunto de doutrinas bíblicas. Há muitos ensinos religiosos que configuram heresias e doutrinas estranhas; por isso, a sã doutrina deve ser a prova da verdade. Com base nisso, o próprio Jesus citou doutrinas de homens, Mc 7.7, e o autor da carta aos hebreus lembra que há doutrinas estranhas, Hb 13.9. Nesse sentido a sã doutrina existe para colocar a verdade eterna na sua real posição, Tt 1.9; 1 Tm 1.10.



12. Santificação no Porte e na Conduta Cristã

Cremos que o crente em Jesus torna-se "nova criatura”. A partir daí, sua maneira de viver, referente ao porte cristão e à conduta do caráter, deve refletir Cristo na vida da pessoa. As formas velhas do procedimento mundano não se coadunam mais com a mente renovada pelo santo evangelho. Em todas as circunstâncias da vida, o crente deve ser luz para não produzir escândalos, Fp 2.15; 1Co 10.321; 1Pe 3.2-4.



13. Abstinência e Temperança

Cremos na lei que regula o direito aos alimentos permitidos e declarados limpos, especialmente no que se refere às carnes, conforme o capitulo 11 de Levíticos. As referências às coisas imundas passam por toda a Bíblia, para orientar os fiéis na obediência à palavra soberana de Deus. Jó 14.4; Is 65.4; 66.17; 2 Co 6.17 e Ap 18.2.




14. A Oração e sua Eficácia

Cremos que a oração é o meio de o crente falar com Deus. É na oração que ele agradece, louva e suplica ao senhor, que lhe responde, o que é maravilhoso e benéfico ao crente que ora com fé naquele que tudo pode, Sl 69.13; Is 59.7; 1Rs 18.36-38. Embora a oração possa acontecer em várias circunstâncias e em momentos diferentes, Is 38. 2-5; Jn 2. 1, adotamos, para os trabalhos regulares e oficiais, a oração de joelhos, como forma de adoração e reverência, e em conjunto, Fp 2.10; Rm 14.11; At 20.35-36; At 1.14; 12.5.



15. Cura Divina

Cremos que Jesus pode curar as enfermidades, pois é promessa de sua palavra, Mc 16.18; At 4.30; Tg 5.16. A cura divina pode ser alcançada pela imposição das mãos, Mc 16.18, pela oração confiante, Tg 5.16, e pela unção com óleo, Tg 5.14, ministrada pelo pastor ou pelo presbítero. Há casos em que se manifesta os dons de curar 1Co 12:9.



16. Os Dez Mandamentos

Cremos que a lei moral, contida nos dez mandamentos, deve ser observada pelo crente em Cristo Jesus, Ec 12.13; Rm 2.13.Cremos que a Lei é eterna e não findou na cruz do Calvário, Mt 5.17; Sl 7-8. Ao contrário do que muitos ensinam, a morte de Jesus na cruz não anula a obediência aos seus ensinamentos. Dessa forma, a guarda aos dez mandamentos é a prova de que amamos a Deus, Jo 14.21; 15.10; 1Jo 2.4; 3.24.



17. Sábado, dia de Repouso

Cremos que o sábado é o dia de repouso cristão, que foi abençoado e santificado por Deus, na criação, Gn 2.2. Na entrega da lei, no monte Sinai, o sétimo dia, denominado sábado, aparece como o dia abençoado e separado para o repouso do povo de Deus, Ex 20:8-11. A semana permanece, portanto, como formada na criação, composta por sete dias; logo, o sétimo continua sendo o dia de repouso. Em toda a Bíblia, não há nenhuma menção de mudança do dia de sábado para outro qualquer. Jesus confirmou a bênção da criação, dizendo: O Sábado foi feito por causa do homem, Mc 2.27, o que equivale a dizer: enquanto o homem existir sobre a face da terra , o sábado lhe será o dia de repouso.



18. Distinção das leis Moral e Cerimonial

Cremos que há distinção entre a lei moral e a lei cerimonial. A lei moral é composta por dez mandamentos, Dt 4.13, e foi escrita pelo próprio Deus, em duas tábuas de pedra, Ex 31.18. É chamada de lei perfeita, Sl 19.7, lei da liberdade, Tg 2.12, lei de Deus, Rm 7:22 e 25, a verdade, Sl 119.142; não é sombra, porque é chamada lâmpada e luz, Pv 6:23; foi guardada dentro da arca, que por sua vez, estava no lugar santíssimo do Tabernáculo, Ex 25.10-22; Lv 16.2. A lei cerimonial contem todas as instruções referentes ao trabalho do santuário, e, por ordem de Deus, foi escrita por Moisés em um livro, Dt 31.24, guardada fora da arca, ao seu lado, 25-26.Todos os regulamentos religiosos e festivos de Israel estavam nessa lei, que, por isso, é chamada lei de ordenanças, Ef 2.15; Cl 2.14-16. Era considerada sombra das coisas futuras, Cl 2.17; Hb 10.1; portanto, não se confunde com a lei moral. As duas aparecem nitidamente separadas, em I Co 7.19.



19. Manutenção da Obra: "Dízimos e Ofertas"

Cremos que o dízimo é uma determinação legal a todos filhos de Deus. Foi instituído para a manutenção do ministério eclesiástico, Lv 18.21, como ordena a Bíblia: Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, Ml 3.10.O dízimo representa a décima parte dos proventos da pessoa. Dessa forma, o crente que é fiel entrega o dízimo em obediência à Palavra e numa forma de louvor e agradecimento a Deus. Já as ofertas são voluntárias, uma vez que o crente contribui segundo suas condições e o seu coração, 2 Co 9:7.




20. Submissão às Autoridades e Liberdade de Consciência

A Bíblia determina que haja submissão, por parte dos crentes, às autoridades seculares, Rm 13. 1-7, e às autoridades religiosas, Hb 13.7 e 17. A liberdade de consciência é um direito garantido a todo cidadão, pela Constituição Nacional. Isso garante ao Crente exercer a sua fé, sem constrangimentos ou censuras. A consciência cristã deve ser, também, praticada e respeitada, Dn 3.12-18; At 21.37-40; 22.25-29.



21. O Casamento, o Lar e a Família

Cremos que o casamento é a base e a segurança da família, pois um lar não é feito de pedras frias da casa (o edifício), mas , essencialmente, de amor, compreensão, respeito, comunhão e submissão, o que só se pode conseguir numa família legitimamente constituída sob as bases legais e sobre a benção do Deus eterno. Por isso Paulo aconselha que todo casamento seja realizado no Senhor, isto é, conforme a vontade de Deus, 1 Co 7.39.



22. O Ministério Eclesiástico

Cremos que o ministério eclesiástico começou em Cristo, na escolha dos doze discípulos e, depois, dos setenta, Mt 10.1-6; Lc 10. 1-2. A escolha e a ordenação passou pelo ministério apostólico, seguindo, através da historia da igreja, até nossos dias, At 13.1-3; 1Tm 4.14; Tt 1.5.Cremos que há na Bíblia, dois graus de consagração: diaconato e presbítero, At 6.1-6; 1Tm 3.1,2 e 8-11; 1 Pd 5.1). Os títulos-pastor, missionário, evangelista e obreiro - dizem respeito à função e não ao oficio.



23. Imortalidade condicional

Cremos que o homem é mortal por natureza. Na morte, ele permanece em estado de inconsciência, Ec 9.5, 10; IS 38.18-19; Sl 146.3 e 4, e só voltará à vida pela ressurreição, Jo 5.28-29; 1Co 15.51-54; 1Ts 4.15-16, quando, então, os justos herdarão a recompensa e receberão a coroa da vida, Lc 14:14; 2 Tm 4.6-8. Só quem possui a imortalidade inerente é Deus, 1Tm 1.17; 6.15-16.



24. O Axioma da ressurreição

Cremos que Jesus morreu em uma quarta-feira e ressuscitou três dias e três noites depois, período que terminou no sábado, ao pôr-do-sol, exatamente 72 horas depois que fora deposto na sepultura, Mt 12.40; 28.1-6. Esse assunto é bastante extenso; por isso damos aqui apenas o resumo do que ele encerra.



25. A Segunda Vinda de Cristo

Cremos no advento de Cristo; por isso, somos adventistas. Jesus cumpriu seu ministério terreno, Jo 17.4, morreu e ressuscitou, subindo ao céu, de onde viera, At 2.23-24; Mc 16.9 At 1.9. Voltará, em sua segunda vinda, para buscar os redimidos, salvos por ele, Jo 14.3; Fp 3.20; Hb 9.28, e essa vinda será visível e pessoal, At 1.10-11.



26. A Ressurreição dos Mortos

Cremos na ressurreição dos mortos, como declara Paulo, em Atos 24.14: “Tendo esperança em Deus, como estes mesmos também esperam que há de haver ressurreição de mortos, assim dos justos como dos injustos”. A ressurreição dos justos dar-se-á por ocasião da volta de Jesus, Lc 14.14; a dos ímpios, após o milênio, Ap 20.5. A morte, para o justo, é chamada de sono, pois ele acordará ao som da última trombeta, 1ITs 4.14-16.



27. O Milênio

Cremos que haverá um período de mil anos, chamado milênio, que acontecerá exatamente entre as duas ressurreições: começará com a ressurreição dos justos e terminará com a dos injustos, Ap 20.4-6. Durante esse período, a terra estará vazia e assolada, como o abismo, Jr 4.23-26; Ap 20.1-3. Os justos salvos estarão nos céus, Jo 14.1-3; Fp 3.20, ali realizarão o juízo dos ímpios e dos anjos maus, Sl 149.7-9; 1Co 6.2-3; Ap 20.4. Findo o Milênio, os ímpios ressuscitarão, Ap 20.7, e logo, empreenderão, sob o comando se satanás, a última batalha deles contra o povo de Deus; mas serão destruídos pelo fogo eterno e se tornarão cinza sobre a terra, Ml 4.3; Ap 20.9-10. Jerusalém, a cidade eterna, será colocada na terra renovada, para todo o sempre, Ap 21.1-7.



28. O Juízo Final

Cremos que todo ser humano passará pelo juízo divino, Sl 9.8; Ec 12.14, que será feito com base na santa e imutável lei de Deus, Ec 12.13; Tg 2.8-12. e esse processo determinará qual seja a recompensa de cada um, Rm 2.5-8; 2 Co 5.10.



29. A Extinção do Mal

Cremos que o mal entrou no mundo através da transgressão de nossos pais, Gn 3.17-18, e que o pecado e a morte passaram para toda a humanidade, Rm 5.12. Com a Volta de Jesus, tudo se acabará neste mundo. Assim, a causa do mal será eliminada e os seus efeitos serão cessados, Ap 21.4; 20.1-15



30. A Nossa Terra: ‘‘Lar dos Remidos”

Cremos que a nova terra será o lar eterno dos remidos do Senhor: promessa há, através da Bíblia, garantindo aos salvos esse lar de paz e vida eterna, Is 65.17-19; Is 35.1-10; 2 Pd 3.13; Ap 21.1; 22.1-5.

Fonte: Portal IAP

Para conhecer a história da Igreja Adventista da Promessa, acesse: História da IAP 
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Estude, leia, releia e faça bom proveito da palavra de Deus que é lâmpada para os nossos pés, e luz para o nosso caminho. (Sl 119:105)

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